Hey líder, boas vindas 🚀

Sejam muito bem vindos a Liderança na Prática!

Muitas pessoas enxergam a liderança como algo complexo, cercado de teorias difíceis de aplicar no dia a dia. Eu já estive nesse lugar.

Por outro lado, também já experimentei a sensação de aplicar técnicas simples e diretas, que me fizeram construir um time engajado e de alta performance.

E foi assim que surgiu a Newsletter Liderança na Prática.

Por aqui iremos descomplicar a liderança pra que o seu caminho como líder possa ser mais leve e cheio de estratégia! Falaremos dos princípios de mentalidade e orientação que permitem com que os líderes obtenham resultados extraordinários. Você vai aprender de maneira rápida e prática exatamente como aplicá-los no seu dia a dia para atingir os seus objetivos na liderança.

Eu vou te mostrar que qualquer pessoa pode ser um bom líder, desde que tenha as ferramentas certas e esteja disposta a aplicar técnicas simples e diretas no seu cotidiano.

Ah, e não para por aí!

Cada edição é pensada com muito carinho não só para motivar, mas também para inspirar ações concretas que os líderes podem adotar em suas rotinas.

Mas antes… Prepare o print, porque chegou a hora da reflexão da semana.

Marque @nina.moretz no Instagram e na próxima edição sortearemos uma análise gratuita de liderança comigo entre todos os que me marcarem no Insta!

Hoje eu quero compartilhar com vocês algo que eu queria MUITO ter aprendido antes.

Esse conceito mudou a minha forma de liderar e eu espero que mude a sua também…

Mas antes, deixa eu te contar o que aconteceu comigo!

Desde muito nova, um dos meus principais objetivos sempre foi ter uma carreira acelerada, na qual eu pudesse ocupar o quanto antes um cargo de liderança em uma grande empresa.

E a verdade é que quando eu assumi a minha primeira gerência, o que parecia ser a realização de um sonho começou a se tornar um grande pesadelo.

Primeiro de tudo porque eu achei que a autoridade na liderança vinha “automaticamente” quando você ganhava o cargo. Ou seja: virei líder, agora é só eu chegar lá e mandar e todo mundo vai fazer.

Grande engano.

E ao cometer esse engano e pular a etapa de criação de confiança com o meu time, eu me tornei a gerente que:

• só cobrava metas, aquela que só sabia perguntar cadê a entrega das atividades, que não se importava com mais nada

• que ficava sempre jogando a culpa pro time quando as entregas não saíam da forma como eu esperava

• e o pior de tudo: que ligava pra outros gerentes pra falar o quanto o meu time era ruim e não performava.

Sim, gente. Eu já fui essa pessoa aí.

Estava sempre buscando o próximo culpado e era incapaz de olhar pra dentro.

E sabe qual o conceito que, se eu tivesse conhecido nessa época, teria mudado completamente a minha forma de enxergar a liderança e o meu time?

O conceito de AUTORRESPONSABILIDADE.

Algo que é a tradução do seguinte ditado:

"Quando as coisas vão bem, olhe pela janela; quando as coisas vão mal, olhe no espelho."

Isso significa que, como líder, quando a equipe alcança sucesso, é importante reconhecer e valorizar o trabalho dos outros ("olhar pela janela").

Quando surgem problemas ou desafios, o líder deve assumir a responsabilidade e refletir sobre o que poderia ter feito melhor ("olhar no espelho").

Esse conceito enfatiza a importância de reconhecer o mérito da equipe e assumir responsabilidade pelas falhas.

E quando paro pra olhar pra trás, todos os líderes excepcionais que eu tive a oportunidade de encontrar ao longo do meu caminho, faziam exatamente isso: assumiam toda a responsabilidade, não arranjavam desculpas.

Em vez de reclamar de dificuldades ou contratempos, desenvolviam soluções para os problemas.

Eles continham os seus egos, assumiam a culpa, pediam críticas construtivas e estudavam formas de melhorar.

Quando os funcionários não fazem o que deveriam, um líder que exerce a autorresponsabilidade não pode culpá-los. Ele primeiro se olha no espelho. O líder é totalmente responsável por dar o direcionamento pro time e oferecer suporte e desenvolvimento ao longo do caminho para que a equipe possa operar corretamente e com êxito.

Se um membro do seu time não está no nível exigido para que a equipe tenha sucesso, o seu papel é orientá-lo e treiná-lo. É claro que se o baixo desempenho não melhorar, o líder com a autorresponsabilidade também é quem demite e contrata quem faça melhor o trabalho.

O problema é que, quando as coisas vão mal, a nossa resposta natural quase 100% das vezes é uma justificativa. Justificamos nossas falhas e as de nossa equipe. Justificamos nosso baixo desempenho com azar, circunstâncias de força maior ou subordinados com baixo desempenho - qualquer coisa, menos nós mesmos.

A partir de hoje, eu te convido a deixar o ego de lado, aceitar a culpa pelas falhas, corrigir as fraquezas e a se dedicar a construir uma equipe melhor e mais eficaz.

Quando você dá esse exemplo e espera o mesmo dos líderes juniores da equipe, a mentalidade cresce em todos os níveis de cultura da equipe. Seu time é seu reflexo.

Você deixa de ter um time que pergunta o tempo todo de quem foi a culpa e começa a construir assim um time com a mentalidade voltada pra solução. Não importa quem errou ou o que aconteceu. O que importa é como vamos resolver.

E é assim que você vai começar a ser um líder que realmente LIDERA.

Ah, e isso não vale só pro trabalho não, viu?!

Quando as pessoas param de inventar desculpas e culpar os outros, são obrigadas a agir para resolver os problemas. E é aí que está o grande segredo da coisa!

Tá, Nina, entendi!

Mas como construir essa cultura na prática?

Antes de mais nada, eu vou te mostrar as principais dificuldades de implementar essa autorresponsabilidade na prática:

1. Quando você assume a liderança, sente que precisa demonstrar confiança e controle o tempo todo. Muitas vezes, isso leva ao medo de admitir erros, pois isso poderia ser visto como um sinal de fraqueza ou incompetência.

Admitir erros não é um sinal de fraqueza, mas sim de maturidade, força e autenticidade. Assim, você demonstra coragem, mostra que está comprometido com o aprendizado e o crescimento, o seu e o do seu time. Isso inspira confiança e respeito em sua equipe.

Mostra que você é humano, disposto a aprender e melhorar constantemente. Dessa forma você cria um ambiente de confiança, onde a equipe se sente segura para também ser vulnerável, aprender e se desenvolver.

Essa vulnerabilidade estratégica é uma das ferramentas mais poderosas para construir um time forte e unido (isso aqui é assunto pra uma Newsletter inteira - voltaremos nele no futuro).

2. Eu sei que você quer muito provar o quanto é capaz e entregar resultados rápidos. Mas essa pressão pode fazer com que você procure culpados externos para justificar problemas ou falhas, ao invés de assumir responsabilidade por suas próprias decisões e ações.

Eu sei que você quer mostrar resultados imediatos (eu também já fui exatamente essa pessoa), mas antes disso você precisa entender que só vai se tornar um líder estratégico se conseguir construir uma equipe engajada, coesa e resiliente, o que exige tempo e autorresponsabilidade. Quando você culpa sua equipe ou as circunstâncias por falhas, perde a oportunidade de identificar as raízes dos problemas e de trabalhar para solucioná-los.

Por outro lado, quando você assume a responsabilidade pelos erros, demonstra que está comprometido com o desenvolvimento de soluções e melhorias. Assim você constrói um time que confia em você e se sente seguro para também ser honesto sobre suas próprias falhas, criando uma cultura de aprendizado contínuo e da busca por soluções (e isso é importante demais - e leva tempo!).

Alguns exemplos simples de como você pode fomentar uma cultura de autorresponsabilidade em seu time:

• Seja aberto sobre suas próprias falhas e o que você está fazendo para corrigi-las. Isso encoraja os membros da equipe a fazerem o mesmo.

• Crie um ambiente onde o feedback é visto como uma oportunidade de crescimento, não como uma crítica destrutiva. Peça feedback do seu time sobre a sua liderança e use-o para melhorar.

• Faça uma revisão semanal de suas ações e decisões, identificando áreas onde você poderia ter agido de forma diferente ou mais eficaz.

Lembre-se: a verdadeira liderança começa quando paramos de buscar desculpas e começamos a buscar soluções.

Quando você lidera com responsabilidade, cria um ambiente onde cada membro da equipe se sente seguro para crescer, aprender e contribuir de forma genuína. O caminho para ser um líder que inspira começa com o exemplo. Seu time é um reflexo do seu comportamento.

Desafio: praticando autorresponsabilidade

Durante as próximas duas semanas, ao final de cada dia, reflita sobre uma situação difícil que enfrentou e pergunte-se: “Como eu poderia ter lidado com isso de forma diferente para obter um resultado melhor?”

Lembre-se: Quando algo dá errado, não busque culpados — olhe no espelho. Essa abordagem promove uma cultura de responsabilidade e solução de problemas, e não de desculpas.

Anote suas reflexões e compartilhe uma lição aprendida com seu time a cada semana.

Chegamos ao final da edição de hoje!

Conta pra gente o que achou dessa edição e, se tem alguma sugestão de melhoria, é só escrever depois de votar abaixo.

Essa edição foi um verdadeiro convite pra você começar a colocar em prática o conceito que TRANSFORMOU a minha forma de liderar. E que eu espero que transforme a sua também!

Se você aplicar pelo menos uma dessas dicas práticas no seu dia, cumpri com o meu objetivo que é ajudar a se tornar um líder excepcional.

Nos encontramos daqui a quinze dias, na quarta-feira às 5:55.

Com carinho, Nina.